sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Pequenos reparos sobre mulheres

              O presente post é baseado na minha experiência/ observação do mundo feminino, que espero ser útil aos leitores masculinos, de modo a conhecer um pouco mais as mesmas, e ás leitoras femininas como tópicos de reflexão, ou não. Neste post não constará informação conhecida através de e-mail, dos que reencaminhamos quase instintivamente; e também não tem qualquer pretensão em ser engraçado ou em cair em graça.
1º reparo: O universo feminino está mergulhado em questões existenciais, que em termos práticos se resumem: há dias em que nos sentimos gazelas, outros em que nos sentimos cavalos.

2º reparo: A mulher é o perfeito animal politico, á vontade de mudança, a mulher venda a tal com uma alteração de visual, sendo o cabelo o objecto de eleição para a mesma, elas cortam, pintam, ondulam, desfrisam, o que houver para mudar.

3º reparo: Não há pior machista que a mulher, até por uma questão de agrado ao sexo oposto, se a namorada do homem desejado não lhe passa a roupa a ferro, ela defenderá fervorosamente a atribuição de tarefas domésticas ao seu sexo.

4º reparo: A mulher é consumista, por que se sente incompleta, não são no que toca á sua colecção de roupa, acessórios, sapatos, maquilhagem e afins, como também emocionalmente. Eles não nos entendem, logo não nos sentimos completadas, logo vamos ás compras.

5º reparo: Não existem mulher solitárias, é contra a nossa natureza, há mulheres sós. Viver só é sinónimo de desmazelo, de comer bolachas desenfreadamente, ver filmes muito maus (como os da tvi), trocar de tampão na sala, deixar as cuecas sujas na casa de banho em vez de as lavar apropriadamente, entre outros desleixo.

6º reparo: A mulher não quer um homem sensível, é para isso que ser o amigo gay; também não quer um homem para admirar, para isso há a sua vedeta favorita que é rica, bem sucedida, bonita e socialmente muito superior. Em suma, a mulher quer um homem admirável socialmente que ela possa tratar como igual dentro e fora de casa.

7º reparo: A mulher é multifacetada, tem a capacidade não só de fazer muitas coisas como também de fazer mais do que uma ao mesmo tempo, mas tem um problema de concentração, a mulher visualiza o seu objectivo e em vez de olhar em frente para o alcançar por vezes perde tempo de mais a olhar para os lados.

8º reparo: A mulher sabe o que quer, quando não tem sabe reivindicar, quando tem questiona, exemplo concreto, numa relação amorosa a mulher insatisfeita reclama, o homem satisfaz, a mulher continua insatisfeita, porque ele fez por ela reclamar, não por sua própria iniciativa, é como um dilema.

9º reparo: A mulher não quer um homem que cheire a cavalo (isso é tão anos 60), nem um que cheire a Axe ou Denim (anos 80 já lá vão), nem muito menos a Le Male da Gaultier (a lavanda já teve o seu tempo áureo), um suave aroma a citrinos basta.

10º reparo: A mulher concretiza-se completamente com a maternidade, todas as mulheres querem ser mães mesmo as que dizem que não é biológicos e contra isso há pouco ou nada que se possa fazer. Não somos só animais humanos para o que convém.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Religião

            O post de hoje vem como um esclarecimento da minha posição quanto a convicções religiosas, mas propriamente á igreja católica, e como já fiz em posts anterior o meu descontentamento com a posição da igreja e a maneira como vivem a religião os seus crentes.
           O meu primeiro reparo vai para o admitir em quanto somos gratos á religião católica como consolidação de pátria, e noção de moralidade, entre outras. A religião católica está para a cultural ocidental assim como um pai estará para um filho. O choque geracional é constante, e todo o pai sabe quando deixar o seu filho viver á sua maneira.
            A laicização dos estados já há muito que se deu, pelo menos no papel, e as mensagens de D. José Policarpo ainda fazem sentido por a maioria dos portugueses ser culturalmente católicos.Mas é tempo da sociedade pensar por si.
            O problema da religião é a sua humanização, a institucionalização da crença descredibiliza-a, o orador da palavra "divina" é humano, tem defeitos, vive ou viveu situações que a sua convicção não coincide com os mesmos.
            Há temas que rondam a igreja que são completamente disparatadas, andarem pelas conversas de café, como é o exemplo o do facto dos padres poderem ou não casar, o tema por mim acaba com: "eles que discutam isso", eles é que se têm de preocupar sobre isso. Outra discussão é: "homossexualidade", e por mim acabasse a conversa com: "não é por que têm uma conduta sexual diferente que os seus sentimentos são menos nobres, ou que sejam vandalizados da sociedade". Mas uma questão polémica: aborto, se a igreja fosse transparente e coerente na sua posição, não teria beatificado Santa Rita de Cássia, que Deus, reza a lenda, ajudou a abortar, porque os seus filhos seriam tão maus com o seu marido.

Já não há paciência para a Igreja, é que parecem crianças que fazem birra quando o mundo não lhes corre de feição. Eu quero que o Vaticano viva feliz e contente, mas que deixe os outros viverem, e não os catalogue de adjectivos pouco positivos. O Vaticano fala para os católicos e não para o mundo.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Ruralidade em nós

           Quando visito a minha avó, numa aldeia tipicamente beirã, e me deparo com pessoas que não me reconhecem, a pergunta que se impera é: "Olha lá és de que família?". A necessidade grupal desta gente passa pelo legado que a família a que pertence.
            A mesma situação acontece em contexto diferente na mesma essência, quando a meio de conversas mais ou menos formais, nos perguntem: "Olhe o seu titulo é qual?" e mediante a resposta o tratamento fica condiciono por tal titulo, mesmo que o "dr." esteja desempregado ou a tirar mestrados (que é a mesma coisa que: "ok tenho qualificações e como ainda não tenho trabalho, vou investir em mais formação").
           Toda uma sociedade que se reveste de cosmopolita similar ao universo adolescente, eu sei que isto da adolescência é um tema recorrente, mas é verdade, como se a sociedade tivesse de estar em tribos urbanas, e que cada um tem de actuar, vestir, falar de maneira de acordo com o seu rótulo. Como se um trolha não pudesse apreciar musica clássica, ou distinguir ovas de esturjão de ovas de salmão.
           Há coisas que nem a ruralidade ou o cosmopolitismo compram ou conseguem associar a si mesmo como característica exclusiva, como educação, civismo, bom senso, dignidade. A educação será sempre a chave mestre para a boa conduta social, que os ditos cosmopolitas renegam com uma arrogância selectiva.
           Admito que o rotular de pessoas possa ser mais cómodo e fácil, mas quantas vezes fomos injustos com terceiros por supor coisas sobre os mesmos, por sermos preguiçosos ao ponto de não querermos ver o que de facto se apresenta á nossa frente, e reformular o nosso quadro de convicções.
           A ruralidade em nós está como a poeira no vento, somos mesquinhos, falsos moralistas, agarrados a uma tradição obsoleta quando nos convêm, enfim somos rurais de norte a sul. E traz uma versão actualizada, como verniz que nos estala em situações tão corriqueiras como o perguntar de quem são os outros.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

The Simpsons

             Para me redimir do último post, onde falava de ódios de estimação, hoje o post é sobre o meu amor de perdição "the Simpsons", não que vá dizer algo de novo, aliás após 20 anos de emissão, 25 Emmy Awards, já não há muito para dizer de inovador.
           The Simpsons é um tema emotivo para mim, em pequena vi, segui, comprei, ri (e sabe-se lá do quê) desta serie de sátira, que a todos nos reporta ao non-sense da sociedade americana (à qual estamos cada vez mais parecidos).
          Todos temos dentro de nós um Homer, uma Marjorie, uma Elizabeth, um Bartholomew, e uma Margareth. Ociosos e mesmo assim a fazer dinheiro, para além de nos divertirmos à brava; organizados e tolerantes; completamente parvos; contestatários e idealistas, ou simplesmente passivos e simplesmente geniais; Simpsons somos nós.
        E não são só os personagens principais que nos fascinam com as suas aventuras mirabolantes, os restantes personagens dão-nos um cheirinho da nossa própria realidade. Eu tenho um número infindável de bajuladores Milhouse's na minha vida, e de recalcados Moe´s, trabalhadores Apu´s, e mal resolvidos gays Smith´s.
       Por mais polémicos que os Simpsons tenham sido catalogados, há uma linha ténue que nunca foi passada, é como se o seu non-sense tivesse um limite, que os que se seguiram não conseguiram fazer. The Family Guy, American Dad roçam o mau carácter do humor, daquele humor que goza com as deficiências físicas e motoras dos outros, sida, pedofilia, ninfomania enfim. Humor é quando todos nos divertimos, todos somos inteligentes para nos rirmos de nós mesmos, e não da nossa dor, ou de nódoas sociais completamente escroques.

Ao fim de tantos anos, episódios, humanizamos tanto os Simpsons que em parte nos simpsonizámos a nós.

         Springfield podia ser qualquer cidade, Coimbra, Barcelos, S. Gião, Negrelos, Barrancos, ou mesmo a reles Mortágua. O Homer podia ser o nosso pai, ou o nosso namorado, e há algo mais glamorous que ter o mais imprescindível dos namorados.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Ódios de estimação

            Hoje, como um grito do Ipiranga se tratasse, cá estou a denunciar os meus ódios de estimação, daqueles que gostamos de vestir o rótulo, como por exemplo, eu odeio plástico (o que é mentira, é mais uma relação antagónica de amor e ódio). O ódio de estimação é um culto, quase uma arte de angariar fundamentos para que o mesmo seja socialmente aceitável.
           Tenho de esclarecer, antes de mais que não sou uma pessoa recalcada, não vivo o fervor de apoiar ou desmoralizar nenhum club de futebol, não sou declaradamente partidária, tenho as minhas convicções, vivo como penso ser correcto mas não ando a fazer das minhas ideias bandeira em demonstrações públicas de ódio/ afecto, ou em discussões calorosas. Também não sou uma coisinha amorfa sem reacção, sou mais do género vive e deixa viver. Cada um que pense por si, mas se é para terem comentários que não aceitam a diferença: CALEM-SE.
           Deparo-me que os meus ódios sociais abrangem sempre os que prejudicam os outros (isto parece um mero cinismo do politicamente correcto, mas é verdade), vejamos: eu não gosto de vendedores ambulantes, penso que comprei raras vezes em feiras (pares de meias??), não compro coisas contrafeitas ( e por favor, não mas dêem) , e apesar de não ser financeiramente muito abonada não compro coisas que considero estarem subvalorizadas, até porque depois desconfio da sua qualidade, e isso exclui como é óbvio as típicas lojas do chinês.
          Também tenho uma aversão carinhosa por aquelas pessoas que estão tão importadas com o estado menos favorável das coisas mas que em nada contribuem para a sua melhoria e com sorte ate atrapalham, vejamos, pessoas que falam da crise eloquentemente e depois fogem dos impostos, comprar sem qualquer consciência, consomem desnecessariamente,... Os meus favoritos ainda conseguem ser os falsos ambientalistas, gente que fala das alterações do clima, e que daqui por amanhã vamos todos estar extintos, e depois não reciclam, vestem roupa que não sabem a sua origem nem a politica de tratamento de resíduos das fábricas de onde vem, adoram coisas importadas...
         Não partilho de nenhum fervor por personalidade alguma, não sou "inimiga de culto", "desmoralizadora social" de nenhum Castelo Branco, Cristiano Ronaldo, Pinto da Costa, e demais conhecidos. O que fazem é puro show off, marketing pessoal, o saber vender-se da maneira que nos fique a todos na memória quer pela positiva, quer pela negativa.
       No que toca a características pessoais, desgosto das que vejo mais de perto, as que os nossos amigos têm mesmo que nós gostemos muito deles. Eu não gosto do mal dizer, só por dizer, dizer mal de quem já não se vai por defender e não há qualquer propósito em ofende-los. Resumindo qualquer acção que não surta qualquer tipo de contributo palpável, e isso não inclui o interesse pessoal.
       Odeio os vícios dos outros, alcool, drogas, jogo, coleccionar coisas (que considero um pouco redutor da condição humana, a menos que se coleccione itens de real valor), da Internet, compras, comida, sexo,...

Libertador dizer eu não gosto, eu odeio

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Herman e os demais

             Este post é como dedicado a quem sempre tive uma admiração muito especial, não me intitulo fã, aliás em alguma coisa devem ter resultado as aulas de catequese que em pequena fui obrigada a ir. Um dos lemas cristãos: não adorarás falsos deuses, é seguido por mim com muito fervor, tenho a noção que se fosse uma citação hindu ou budista, daquelas que falam de formigas, tigres e macacos tinha mais estaleca, mas não me apetece pesquisar no google, e citar aqui como se de uma minha evidencia cultural se tratasse.
            Referente ao tema, tenho a dizer que amo o Herman, especialmente aquilo que não vi em primeira mão, mas sim de repetições antigas como Casino Royal, onde o meu personagem de eleição era aquela espanhola que o Herman representava, o Tal Canal. Fico muito contente por ter visto em "tempo real", (refiro-me a ter visto aquando da primeira emissão e não as repetições), o que considero ter sido o auge da carreira do Herman: Herman Enciclopédia.
           Herman aparece como um John Cleese, mordaz, versátil, e apimentadamente português (e sim o John Cleese, faz parte das minhas evidencias culturais, em pequena o meu pai via o "Flying Circus" e alguns filmes do Monty Phyton, invejem-se os "sem-cultura"). É este o artista que ninguém conseguiu ser até á data, e mesmo depois disso, nem o próprio Herman.
         "Herman Sic" não nos mostra Herman, mostra-nos uma adaptação de Jay Leno, num talk show que não perfila o que de Herman se esperava. As entrevistas em tom de conversa ligeira que em nada me suscitavam interesse, Herman não é entrevistador tem um "Q" de arrogância charmosa que o estatuto de artista mais experiente lhe confere, não há uma sede do querer saber, o interesse pelo outro que faça dele um bom entrevistador.
         A presença de Herman pela Tvi passou-me um pouco despercebida, não sei o que por lá andou a fazer, e por quanto tempo; a televisão agora, pelo menos no que toca a humor, anda á caça dos "Gato Fedorento" ora umas vezes com graça ou outras a cair em graça. Mas não me vou alargar sobre o assunto, até porque não quero dizer mal por dizer.
         Há também tipos de humor que não gosto, entre eles o humor ordinário e vulgar, que escuso mencionar que o faz em português com mais visibilidade, se bem que tempos vão de quando andava mais em voga, e o humor parvo que tenta roçar no simplismo do quotidiano de Seinfeld (que desde já digo que gosto), que á parte de Markl que o faz muito bem também os há que são uma nódoa.

Por isso (e porque há sempre um propósito num post que se faz) volta Herman, se não for em frente ás câmaras, dirigi alguma coisa de qualidade, já estou farta de Ídolos e Criancinhas a cantar.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Grrrrr...

Um pouco frustrada porque de cada vez que venho a casa nunca consigo fazer nada a que me proponho fazer... Já era para ter feito um post há mais tempo, mas está difícil.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Falsa Legitimidade

            Actualmente, e com a quantidade e (pouca) qualidade de informação que corre em frente dos nossos pouco selectivos olhos, todos vamos tendo uma opinião sobre o que pensamos dos mais diversos assuntos, mesmo que sejam assuntos tão ridículos como o que as vedetas ou pseudo vedetas levam vestido na noite dos globo de ouro, passando pelo livro "Caim" do Saramago (que eu aposto que nem metade dos que falam do livro, o leram de facto). 

(Eu tenho o "Caim", aliás foi o meu pai que o comprou, e o livro lá anda por casa basicamente pela polémica que andava pelas bocas dos comentadores de canais generalistas, rádios, e jornais, mas lê-lo ainda ninguém o leio)

           Falta alguma credibilidade aos comentadores que nos entram em casa, seja por via audiovisual, que pela imprensa escrita (confesso que não sou muito adepta de rádio). Lembro-me aqui há uns tempos quando Cristiano Ronaldo foi transferido para o Real Madrid, acontecimento esse que ocupou tempo de antena á SIC generalista, o jornalista perguntava a um profissional de marketing se era possível mensurar o valor da marca Cristiano Ronaldo, ao que este responde de maneira pouco conclusiva, e remetendo para o facto de que já existia um sistema operativo que o faz, ora isto para o telespectador mais atento traduz-se em, resumidamente, nada.
           Há conversas de café (como esta que tenho com os meus leitores) em que quase tudo é permitido, pelo facto de que dou opiniões ligeiras do que me vai interessando, tendo em conta que sou mais uma a opinar. Mas penso que as pessoas que tem mais alguma visibilidade no panorama social, deviam redimir-se á sua área, a factos que realmente dominam, a abrir a boca só quando têm certeza sobre o que estão a dizer.
           A legitimidade do que dizemos está no que sabemos, no que somos pessoal ou profissionalmente. Não podemos ser todos economistas, assistentes sociais, (falsos) ecologistas, júris dos ídolos (lol), críticos literários, linguistas, etc.
          A vida dá-nos a nossa verdadeira legitimidade, para cuidar dos nossos interesses políticos e sociais, e intervimos quando é legitimo faze-lo, assim como o modo de legitimar a nossa indignação, o nosso contentamento. A vida é muito mais rica do que qualquer lei ou norma de operar com os nossos demais semelhantes, mas as mesmas também já estão mais de acordo com o que somos do que aqui há uns tempos atrás.

Por isso meus caros falem quando precisem, do que realmente interessa e da maneira que todos os que podem fazer alguma coisa por vós oiçam.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Animais que podiam ser pessoas

             Todos, ou melhor, quase todos tivemos um animal de estimação durante a nossa infância, e também a grande maioria de nós os recorda com especial carinho. Pessoalmente desde que me conheço como gente tive um amigo de quatro patas (nunca fui muito adepta dos entediantes peixes), dei-lhes dos mais foleiros nomes (que não vou revelar, para manter o nível típico de conversa ligeira e não brejeira), e vivi com eles como se de pessoas se tratassem, nunca lhes faltando as idas ao veterinário, as comidinhas especiais, passeios diários, etc. Em parte este meu modo vem da educação que a minha mãe me incutiu.
             A minha mãe tem um dom especial para animais, ela fala com eles (não no sentido literal da palavra mas quase), ela chama por eles e eles vêem, seja que animal for (mesmo no zoo, á excepção dos leões e outros felinos mais selvagens que ela nem se atreve a chamar, como é obvio). Quando vejo a minha mãe a falar com o gato dela, é quase assustador, pois quando a ela faz pausas no seu discurso quotidiano para o gato, ele mia como se estivesse a responder.
           Acima de tudo o nosso amor por animais, para além dos cuidados, e do afecto, é libertador, é saber largar quando já não há capacidade para que o bicho se sinta feliz connosco. Nunca abandonámos um animal, tivemos de arranjar outros donos para eles quando por motivo forte se impusera. Lembro-me que tivemos uma cadela que apanhamos da rua que era cega, que durante um ano tratámos e quando demos por ela andava com os horários trocados por não ver, só estava acordada ou mais activa quando chegávamos a casa cansados e sem muita disposição para ela. Acabámos por dá-la a uma amiga que trabalhava por turnos, e até morrer foi um bicho muito feliz.
        Espanta-me como há pessoas que mantêm bichos fechados em varandas, ou mesmo em casa sem condições, sem alimentação apropriada, ou mesmo que deixem os filhos lhes batam já quando não são os pais a faze-lo.
         Só pessoas insensíveis é que pensam que animais de estimação são animais. Um animal de estimação, mexe com a nossa rotina, atura o nosso mau humor, perdoa as nossas negligencias mesmo sem ouvir um desculpa, vive connosco e para nós, agradecidos do mais ínfimo gesto de carinho que lhe dermos.
Não estou em campanha pelos animais, nem a ensaiar uma ode, estou a recordar os meus amigos de quatro patas

sábado, 2 de janeiro de 2010

Definindo o blog

            Como boa novata que sou, já andei a pesquisar o que se faz nos outros blogs. Conclui que o mundo bloguista, ou blogueiro (?) se assim se chama, é muito rico, tanto em parvoíce como em coisas realmente interessantes. Como costumo dizer: "a internet é um sitio onde todos podemos ser parvos"... facto é que uns são mais parvos que outros.
            O mais chocante foi encontrar um blog de uma rapariga, que pelo modo que escreve pareceu-me ser brasileira (digo isto sem qualquer conotação negativa, entenda-se), que tratava com muito carinho as suas amigas Ana e Mia, e só mais uns posts á frente é que me deu conta que a Ana e a Mia eram anorexia e bulimia... para além de ser doentio venerar um distúrbio alimentar, ela também incentivava outras pessoas a fazerem-no. Como todo o respeito que o modus vivendi de terceiros merece, estes também deviam fazer o reverso... eu fumo, mas não incentivo ninguém a faze-lo.
          Há de tudo neste mundo da internet, e parece mal só a esta altura eu ter a real noção de que assim é. Normalmente tenho por habito ir ao mail, ao youtube (onde visito os canais que me interessam), o facebook, o sr. Google, a sra.  Wikipedia, e pouco mais. Descobrem-se coisas fascinante, a ultima que descobri foi uma série brasileira Capitu uma adaptação de Machado de Assis do seu livro Dom Casmurro... sim sou fã do audiovisual do país de Vera Cruz, séries só agora as estou a descobri, mas cinema sou mesmo apaixonada.
         E no que toca ao facebook que fique a ressalva de que eu não tenho uma quinta (foi o meu grito de revolta para todos os que me enviam vacas, e fazem convites, e dão árvores... parem eu não quero). A sério, eu tenho animais de estimação, e um namorado, e uma micose para coçar... Não que a "quinta" de trabalho, mas é ridículo estar presa aos horários da plantação ou colheita de coisas que não existem, pensar que está na hora de ir apanhar couves quando se está a ver ou fazer alguma coisa interessante.
Não que esteja muito ocupada, mas hoje o dia é para namorar, e prometo mais posts curtos e frequentes.