quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Herman e os demais

             Este post é como dedicado a quem sempre tive uma admiração muito especial, não me intitulo fã, aliás em alguma coisa devem ter resultado as aulas de catequese que em pequena fui obrigada a ir. Um dos lemas cristãos: não adorarás falsos deuses, é seguido por mim com muito fervor, tenho a noção que se fosse uma citação hindu ou budista, daquelas que falam de formigas, tigres e macacos tinha mais estaleca, mas não me apetece pesquisar no google, e citar aqui como se de uma minha evidencia cultural se tratasse.
            Referente ao tema, tenho a dizer que amo o Herman, especialmente aquilo que não vi em primeira mão, mas sim de repetições antigas como Casino Royal, onde o meu personagem de eleição era aquela espanhola que o Herman representava, o Tal Canal. Fico muito contente por ter visto em "tempo real", (refiro-me a ter visto aquando da primeira emissão e não as repetições), o que considero ter sido o auge da carreira do Herman: Herman Enciclopédia.
           Herman aparece como um John Cleese, mordaz, versátil, e apimentadamente português (e sim o John Cleese, faz parte das minhas evidencias culturais, em pequena o meu pai via o "Flying Circus" e alguns filmes do Monty Phyton, invejem-se os "sem-cultura"). É este o artista que ninguém conseguiu ser até á data, e mesmo depois disso, nem o próprio Herman.
         "Herman Sic" não nos mostra Herman, mostra-nos uma adaptação de Jay Leno, num talk show que não perfila o que de Herman se esperava. As entrevistas em tom de conversa ligeira que em nada me suscitavam interesse, Herman não é entrevistador tem um "Q" de arrogância charmosa que o estatuto de artista mais experiente lhe confere, não há uma sede do querer saber, o interesse pelo outro que faça dele um bom entrevistador.
         A presença de Herman pela Tvi passou-me um pouco despercebida, não sei o que por lá andou a fazer, e por quanto tempo; a televisão agora, pelo menos no que toca a humor, anda á caça dos "Gato Fedorento" ora umas vezes com graça ou outras a cair em graça. Mas não me vou alargar sobre o assunto, até porque não quero dizer mal por dizer.
         Há também tipos de humor que não gosto, entre eles o humor ordinário e vulgar, que escuso mencionar que o faz em português com mais visibilidade, se bem que tempos vão de quando andava mais em voga, e o humor parvo que tenta roçar no simplismo do quotidiano de Seinfeld (que desde já digo que gosto), que á parte de Markl que o faz muito bem também os há que são uma nódoa.

Por isso (e porque há sempre um propósito num post que se faz) volta Herman, se não for em frente ás câmaras, dirigi alguma coisa de qualidade, já estou farta de Ídolos e Criancinhas a cantar.

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