sexta-feira, 12 de março de 2010

Urbano-Depressivo: Esteriótipo

            Mais  uma espécie em análise, desta vez o Urbano-Depressivo, que já se avista como em outros tempos em que o grunge andava em voga, grunge que para os amigos também se podiam chamar "os fodidos da vida", eles estavam, e o que ainda resistem, estão sempre chateados com alguma coisa.

           As chatices dos Urbano-Depressivos, não abarcam questões económicas, nem politicas; são muito resolvidos em relação a isso, são comunistas e ponto; também não fazem muitas contas á vida, vêem de uma família com o mínimo poder económico que lhe assegure uma existência confortável entre o CCB, museus, teatro, e muitas idas á Fnac. Ora estes vivem saltando de questão existencial para questão existencial, por vezes da sua própria pessoa, ou também as dos outros, como Nietzsche, Engles, Marx, Buber, Sartre, enfim.

         Quando confrontado com formulários, no campo destinado á ocupação, o Urbano- Depressivo sente-se tentado a escreve: OCUPAÇÃO: PENSAR ; ora essa é a única ocupação que conhece, sem se aperceber que isso de ser filósofo já  não dá dinheiro há muito.

        O Urbano- Depressivo não se entusiasma com quase nada, considera tudo uma futilidade, e pouco são os sentimentos que não considera premisquos, ou frívolos; o seu herói nacional é o Fernando Pessoa, e vivem trabalhos artísticos pautando entre o cubismo e o surrealismo, despregando a cultura popular e tudo o que seja alegre. Ouvem tudo o que as massas não ouvem. O seu gosto artístico e de facto refinado, mas fica ridículo a bandeira que fazem dele.

        Socialmente o Urbano- Depressivo é um desintegrado, ele é aborrecido, tem pouco sentido de humor, e para colmatar tal facto despreza os de mais presentes que partilham o mesmo espaço que ele, a fim de fazer frente á sua solidão. Aliás isto da desintegração já vem desde pequeno, ele já tinha em pequeno uma doença qualquer, dessas que agora a maioria dos miúdos tem, défice de atenção, e nessa linha; era basicamente um totó, á margem das brincadeiras apropriadas á idade, e havia que alimenta-se a esperança de que ele talvez fosse adulto demais para a idade.
        Gosta de ler em público, como se em público condições houvessem para tal acto, e fumam desalmadamente. 

         Serem apelidados de alternativos enche-os de orgulho.
         A sua cidade de eleição Budapeste, pela sobriedade da mesma.
         Perfume de eleição, não tem, não usa, é uma coisa de gente pop.

         Citação mais recorrente: " o Homem está condenado a ser livre"
(patético o conceito de liberdade desta espécie)
        

        

       

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