sexta-feira, 4 de junho de 2010

"Grupos"

            "Farmville", "Quiz", "Amigos", "Fotos", "Mensagens"e "Grupos"... Facebook veio substituir a vaga de entusiasmo pelo Hi5, é mais dinâmico, e por vezes dinâmico demais. Há toda uma verdade comercial por trás do Facebook, pouco esclarecida, (mas não obscura) as pessoas que integram este tipo de rede social simplesmente não querem saber... eu também não.

             Entenda-se que este post não tem qualquer tipo de intenção de denegrir o "Facebook", nem divulgar uma teoria da conspiração, eu simplesmente contesto certos aspectos da coisa, e começa pelo conceito de rede social... eu sei que "social" é qualquer acto, mas não me parece muito "sociável" estar em casa agarrada ao computador sozinha a saber o que os outros andam a escrever em casa sozinhos.

             À semelhança  do Hi5, o Facebook agrega-nos como amigos uns dos outros, e a amizade ficou assim esta coisa promiscua, que mesmo sem nos conhecermos adicionamos á lista que vai engrossando e... ai que somos tão sociais. A amizade ficou assim como que vulgarizada, se for preciso fazem má cara à pessoas que lhes serve o pequeno-almoço todos os dias, mas o que é "sugerido" pelo senhor FaceBook é aceite sem hesitação. Somos tão reservados no que toca á nossa privacidade, mas não ficamos reticentes ao publicar as nossas fotos pessoais, com os nossos amigos reais em sítios que frequentamos... não faz sentido. E não me façam falar do Twitter...

            Quando abro a minha conta do "Face" ( sou tão in, já abrevio o nome como os demais utilizadores), deparo-me pedidos para vestir a camisola do "Grupo", seja ele qual for... encabeçado pelo tema mais nobre até a coisa mais estúpida... na internet todos podemos ser parvos! E sim são mais as coisas parvas, não estou a ser tendenciosa ou a mostrar-me pior impressionada com o que é mau. 

             Diz a psicologia que nos temos esta necessidade de sentir integrados, que temos de ter pares que se assemelhem a nós, e o conceito do "Grupo" vem jogar com essa necessidade, e se os nossos "amigos" são fãs, integram o "Grupo" nós também temos de integrar.

             Negócios pequenos, marcas nacionais, qualquer parvo que tenho um blog pode fazer a sua página no FaceBook para se divulgar, a economia está má e recorremos a tudo que seja eficaz e a custo zero, já que há tão poucos recursos "grátis".

                Os divertidos "Quiz" deixaram de ser divertidos, quando ao preencher um inquérito para saber a que personagem a que mais me assemelhava da série "Sex and the City", o resultado foi... Samantha, para os que não sabem, é a ninfomaníaca do quarteto nova-iorquino tão conhecido do panorama feminino. Não fico ofendida pelo resultado, é-me completamente indiferente, o que me incomodou foi o dito incluir um esclarecimento ou justificação que lá pelo meio me aconselhava a ter cuidado com a Sida. Banalizar a amizade fica ao critério de cada um, mas uma epidemia mundial que deixa pessoas sem família, condiciona a qualidade de vida de muitos é... ordinário.

              Fica ao critério de cada um se que ou não fazer parte dos sociais "Facers". 

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