quarta-feira, 21 de março de 2012

Estavas à espera do quê?

              O título é uma merda! Eu nem sei quantas vezes é que mudei o dito... É um período crítico, conturbado, sem grande (re)solução, daqueles períodos da vida de alguém que são dignos de poemas de (des)amor... poemas, aqueles poemas que não fazem sentido nenhum, que juntam palavras sem nexo e que só percebes se estiveres com a cabeça toda fodida.

                    Eu terminei uma relação de 5 anos, ou 6 (?), não sei, não quero saber. Porquê? Porque passo mais tempo a falar dela, do que a vive-la. Amo o meu namorado, ex-namorado... a pessoa que é dona das coisas que estão na gaveta da esquerda do meu roupeiro, a mesma pessoa com quem não falo há dois dias.

                      Quando se namora há muito tempo com a mesma pessoa, a tua identidade passa por aquilo que a outra pessoa pensa de ti. Eu não sei o que eu sou agora, ele ainda não mo disse! Mas eu não posso viver por uma relação que já passou, que agora não é mais nada a não ser mais um problema... egoísta? que seja, é a minha visão das coisas!

                      A este ponto do campeonato, eu não tenho ombro no qual possa chorar, e ainda bem! Não fosse fazer merda de alguma maneira... é das poucas cenas em que eu sou declaradamente gaja, quando emocionalmente se está um caos, nada melhor que fazer se não piorar! Os meus pais não estão em casa, posso ficar em casa de ressaca da relação no meu sofá o tempo que eu quiser, beber o vinho que eu quiser, fumar quando eu quiser, ficar horas a ver televisão em negação...

                    Não há ninguém que me conheça melhor, ninguém que me compreenda melhor, que não aquele estúpido, eu amo-o, mas eu estava com ele porque eu queria, não por ele ser (ou ter sido) o meu namorado! Há muita diferença entre as duas coisas! E dei por mim a "estar" com ele por ele ser o meu namorado, e não porque eu queria... eu queria estar com ele, não estar a (não sei quantos) quilómetros dele. Eu não quero só falar com ele, ao telefone, não me completa isso...

                   Termina assim o processo litigioso de divórcio em que vivi nestes últimos tempos, não porque que ele quis, não por minha vontade, por vontade das circunstâncias desta vida de  merda, num país de merda, com uma economia ... de merda!

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