quarta-feira, 1 de agosto de 2012

outro tipo de prostituição

              A maior parte de nós, mesmo que durante a adolescência, que é um período em questionamos tudo o que é preceito social, pensou qual seria a pior prostituição... a prostituição enquanto venda de sexo a troco de dinheiro, prática regular mas efémera, tipo lusco-fusco 5-7 minutos (ainda me interrogo no que os gajos fazem nos restantes 50 minutos, se pagarem uma hora).... ou a prostituição enquanto venda da própria existência não só por dinheiro como também por estatuto, qual delas a mais grave?

             O corpo tem um preço, e até dizem que o preço depois dessa actualização (ou update, como queiram) que foi agregar ao corpo lingerie La Perla e acessórios de ouro que acompanham roupas igualmente caras, se tornou toda a situação um luxo... toda a glamourização do que socialmente a maioria considera lixo, putas finas... E uma vida submissa, uma vida de aparências, uma vida com um homem que não respeita a mulher, a insulta, a culpabiliza de coisas quem nem são responsabilidade dela, lhe bate, não ouve um "não"... sabendo o preço, o que é que essa humilhação traz à mulher?

               A troco do quê é que mulheres se calam ao ser humilhadas e desvalorizadas?
             
             A adolescência já lá vai, questões como estas já não me inquietam o espírito (este blog é meu, e se eu quiser mentir, minto)...  

Sem comentários: