sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Adopção Gay

       Adopção Gay é um rótulo que não me agrada, adoptar uma criança é um acto de amor, não uma campanha de orientação sexual dos tutores legais/ pais adoptivos (desconheço termo técnico a usar)... Mas alguém anda a falar de adopção interracial?

        Que importa o que acontece dentro de um quarto, dentro de quatro paredes, à porta fechada? Não é como a homossexualidade fosse contagiosa, e os filhos adoptivos de homossexuais fossem ficar com sequelas emocionais, físicas ou cognitivas... ou como se a sociedade os fosse perseguir (o que me custa a admitir de que seja bem capaz a julgar pela quantidade de gente estúpida que povoa o nosso planeta).

        Lembrei-me deste tema hoje porque vi na televisão um casal de idosos que reclama a guarda do seu neto, uma criança com Síndrome de Down, que o tribunal atribui-o a um casal de homossexuais do panorama dito V.I.P. nacional. O senhor, um homem da velha guarda dos preceitos sociais tradicionais diz sem grande margem para argumentação, que se opõe que o neto seja criado por homossexuais, nas palavras do mesmo, "um casal é um homem e uma mulher, não tenho nada contra homem com homem, mas na minha ideia não está certo"...

         Mas, e volto a insistir: a função dos pais não é amar um filho? O que importa se são gays ou não, só mostra a imaturidade da nossa sociedade no que toca a sexualidade, só falta dizer que o rótulo "sexo" é o que mais ordena na estrutura familiar.

          Conclusão, os senhores avós da criança reclamam a custódia do neto, após a decisão do juiz, que a meu ver, e não estando presa a este caso isoladamente me espanta em tão desprovido do preconceito, mas o que andaram a fazer até agora? São uma família estruturada? Pelos vistos não, a mãe da criança até permite que sejam entregue a um casal fora do ciclo familiar.



               

        

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